sábado, 12 de julho de 2008

A CIDADE DO SOL...

A CIDADE DO SOL
Akhetaton, atual Tel El Amarna, foi a cidade construída para ser a nova capital do Antigo Egito, no quarto ano do reinado do faraó Amenhotep IV. Resolvendo abandonar a capital Tebas, construiu a nova capital Akhet-Aton, que significa “Horizonte de Aton”.
Akhenaton escolhe para a construção de sua nova capital um local nunca antes ocupado, localizado na margem direita do Nilo, no médio Egito, em frente à cidade de Hermópolis (Khmounou) cidade do deus Thot. Aproveitou um vasto anfiteatro natural existente numa planície, entre o rio e as montanhas. Delimitou a área da nova cidade com quatorze estelas demarcatórias, atuais fontes para o estudo dos principais acontecimentos ocorridos durante seu reinado. Ampliada durante os 12 anos que seguiram à sua fundação, foi abandonada depois da morte do rei.Estima-se que cerca de 20 000 pessoas chegaram a morar lá.
Os primeiros estudos: Em 1714 o sacerdote jesuíta francês Claude Sicard descreve a primeira estela demarcatória conhecida; entre 1798/99 os membros da expedição de Napoleão elaboram o primeiro mapa de Amarna.
Embora em 1824 esse local já tivesse sido visitado por James Burton, que explorou algumas tumbas já violadas, foi em 1826 que, em companhia de John Gardner Wilkinson realizou trabalhos de reprodução dos painéis e de esboços das tumbas.
Como nesse período os estudos de Champollion relacionados à decifração dos hieróglifos ainda estavam num estágio muito inicial, eles não tiveram condições de identificar o nome da cidade que estavam explorando. Nestor L’Hôte, acompanhou Champollion em 1828, retornando dez anos depois para continuar seus trabalhos.
Entre 1830 e 1833, Robert Hay com sua equipe, realiza o levantamento das tumbas já abertas, complementado com o estudo de outras ainda desconhecidas. Em 1840, o arqueólogo Prisse d’Avennes reproduziu as tumbas localizadas no lado norte. 1842 foi o ano de uma grande expedição originária da Prússia, coordenada por Richard Lepsius, discípulo de Campollion. E assim, nos anos de 1843 e 1845, visitaram Amarna, quando realizaram um extenso levantamento da cidade. Depois é a vez da França encaminhar uma, em 1883, tendo trabalhado seguidamente até 1902.Escavada por Sir. Flinders Petrie a partir de 1891 tem seus estudos continuados até o presente, realizados por arqueólogos de várias nacionalidades.
Durante a década de oitenta do século passado, vários saques ocorreram em Amarna, com venda para estrangeiros de peças e jóias procedentes desses atos. Entretanto, foi no ano de 1887 que um achado fortuito chamou atenção para a cidade. Foram descobertas cerca de 300 tabuinhas de argila contendo textos escritos em cuneiforme, trazendo à luz a correspondência diplomática do rei Akhenaton, conhecidas como “As cartas de Amarna”.
Data de 1901 os trabalhos dos copistas nas tumbas do norte de Amarna, destacando-se a presença de Norman de Garis Davies, da Grã-Bretanha. Entre 1907 e 1911 o Instituto Alemão do Oriente, sob a direção de Ludwig Borchardt escavou em Amarna, desenvolvendo um trabalho mais sistematizado. Desses trabalhos resultou no achado do famoso busto da rainha Nefertiti. Esses trabalhos tiveram prosseguimento a partir de 1920, sob a orientação de pesquisadores ingleses.
Em 1931 e 1935 a Sociedade de Exploração do Egito pesquisou o vale e a tumba real, a partir de quando grandes nomes da arqueologia passaram pela sua direção, dentre os quais Sir Leonard Wooley e John Pendlebury. A partir de 1977, essa sociedade, sob a orientação de Barry J. Kemp, realiza pesquisas regulares.
Várias missões foram a Amarna na intenção de recuperar dados que subsidiem o entendimento desse período ímpar na história do Egito. Nomes como o de Donald Redford, da Universidade de Toronto, por exemplo, servem de referência para os estudiosos do período amarniano.
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Foto:By:Ad.
LISON.F.R.C.

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